quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hertha Müller ganha o Nobel


Hertha Müller, imigrante alemã, onde se exíliou da ditadura Romena, ganhou o Nobel de 2009. Os favoritos Amoz Oz, Philip Roth e Vargas Llosa não levaram. Foi justo?

Não sei, Müller tem apenas um livro traduzido e somente agora se tornará uma autora conhecida. Se o objetivo do Nobel for divulgar autores que merecem a atenção dos leitores, o mundo volta os olhos para Hertha Müller.

O problema é que um prêmio Nobel de literatura deveria representar uma qualidade estética superior, um elogio da vida, ainda que através da tristeza e do submundo. Ao recriar o mundo através de palavras e imagens o escritor recria o nosso mundo e o transforma, o que tem um significado muito mais profundo do que um engajamento político e ideológico.
Para saber um pouco mais sobre a autora leia a resenha do NY Times depois do prêmio: http://www.nytimes.com/2009/10/09/books/09nobel.html?_r=1&hp
Para um comentário sobre o único livro traduzido dela veja a resenha do New York Times:
Betrayal as a Way of Life, http://www.nytimes.com/2001/10/21/books/betrayal-as-a-way-of-life.html?scp=1&sq=%22Herta%20Mueller%22&st=cse

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Nobel 2009


Amanhã será anunciado o prêmio nobel de literatura de 2009. O resultado tem sido imprevisível e até mesmo autores não cotados ganharam o prêmio nos últimos anos: neste ano Amos Oz está mais uma vez entre os favoritos e acredito que neste ano ele leva.

Se no critério estético, Amoz Oz tem qualidades para ganhar o prêmio pela consistência de sua obra literária, no critério político também. Afinal, o conflito entre Israel e o mundo Árabe ainda é um dos principais problemas da geo-política mundial e dar um prêmio a um autor que defende o entendimento é apontar para o lado certo.

Será que estou certo e Oz ganhará?

Amanhã, saberemos, enquanto isso podemos aproveitar para ler algum livro dele: recomendo começar por "De Amor e Trevas".


Até amanhã.